O PORQUÊ DO PICA MIOLOS

Mais do que um espaço, a CasaViva é um meio de provocação. Nunca foi um projecto meramente artístico
ou cultural. Muito menos uma ideia comercial ou pretensão de figurar no mapa da noite portuense.

A CasaViva é um esforço de cidadania, um espaço de activismo, com aspirações a anfetamina que combata a letargia
e a incapacidade de indignação. Para contrariar essa instituída forma de pensar, ser e conformadamente estar e viver.

Se o espaço é temporário, o projecto não quer ser efémero. Nasce, assim, o "Pica Miolos", folha de opiniões
numa resenha de notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente.

Seguirá um critério necessariamente tendencioso, como todos os critérios editoriais
de todos os media que se dizem imparciais. Objectivo: picar miolos.

E assim participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica
e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Pica Miolos #0

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Assim-assim?
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A 11 de Fevereiro de 2007 realizar-se-á em Portugal o 2º referendo sobre a despenalização do aborto. Tal como no 1º referendo, em 1998, os defensores do "não" radicalizam a sua argumentação. Neste artigo, Miguel Vale de Almeida explica qual deverá ser a reacção dos movimentos defensores do "sim" à radicalização fundamentalista do "não", especificando qual o verdadeiro fundamento associado à pergunta do referendo.
Texto completo
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Rivoli nas mãos de La Féria
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O Rivoli passou, por decisão do presidente da Câmara Municipal do Porto, a ter gestão privada. Como seria de esperar, esta situação não tardou a causar reacção nas pessoas que não vêem a cultura como uma mercadoria e que acreditam que toda a arte, por mais marginal ou minoritária que seja, merece ter espaços onde possa ser partilhada.
Mas o pior estava para vir... A gestão do Rivoli foi parar às mãos de Filipe La Féria. Se achas que a coisa não podia piorar, dá uma vista de olhos num texto de Milé Sardera, onde se disseca o processo de tomada desta decisão e que revela vários tiques perigosos de Rui Rio, sem nunca lhe chamar energúmeno. Se tiveres paciência, encontrarás, nos comentários, mais material para te indignares.
O texto está
aqui
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Porque morreu Saddam quando morreu
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Morreu um dos mais sanguinários ditadores que a sociedade internacional do pós segunda guerra mundial pariu. Ou melhor, foi assassinado. O seu nome: Saddam Hussein. As suas tropelias: crimes enormes contra todas as noções básicas de dignidade e direitos humanos.A sua morte prematura impede que se saiba com pormenor quem o patrocinava quando perseguia os seus opositores políticos, quando chacinava xiitas, massacrava curdos, ou gaseava iranianos.Porque, para além de discutir essa excrescência medieval que é a pena de morte, importa não esquecer quem lucrou com o timing da decisão, Robert Fisk fez um texto que ajuda a iluminar esta questão. Podes lê-lo na íntegra e em português
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Espanha move justiça contra militares dos EUA
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Foi reaberta a investigação sobre o ataque do Exército dos EUA ao Hotel Palestina, em Bagdad, a 8 de Abril de 2003. Os disparos de um tanque estacionado a 4km feriram três jornalistas e mataram dois: o espanhol José Couso e o ucraniano Taras Protsyuk. O Hotel Palestina era a base reconhecida dos jornalistas de todo o mundo que faziam a cobertura noticiosa da invasão do Iraque, iniciada poucos dias antes.A família de José Couso apresentou uma queixa-crime contra o Exército dos EUA. O processo chegou ao Supremo Tribunal, cuja decisão foi conhecida no final do ano. Em Janeiro, a Justiça espanhola emitiu o segundo mandado de captura dos três militares com responsabilidades nos disparos.Eis o resumo da situação
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25 melhores histórias censuradas de 2006
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Há notícias que não aparecem nas notícias. Algumas vezes, pode-se pensar que não têm importância suficiente. Mas outras vezes temos que pensar doutra forma. O que levará os meios de comunicação a não informarem sobre o facto de o Banco Mundial estar a financiar a construção do muro com que Israel se quer separar da Palestina? O que os levará a silenciar que a administração Bush planeia a construção de minas anti-pessoais? Ou que há físicos estadunidenses que acreditam que as torres gémeas foram implodidas? Enquanto procuras respostas para a questão fundamental (o que é que determina os critérios editoriais dos média?), vai dando uma vista de olhos nas 25 melhores histórias censuradas de 2006.
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Abandonados no deserto: centenas de refugiados presos e deportados em Marrocos
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Mais de 250 emigrantes da África sub-sahariana foram detidos pelas autoridades marroquinas em rusgas que ocorreram em diferentes locais da cidade de Rabat no dia 23 de Dezembro de 2006. Seis autocarros escoltados pelo exército transportaram-nos para Oujda na fronteira argelina. Cerca das 11 horas da noite, os autocarros atravessaram a fronteira em três pontos distintos e os emigrantes foram deixados no meio de uma terra de ninguém. Barragens da Policia Especial impediram o auxílio a partir de Oujda e os telemóveis não funcionavam ali, logo os emigrantes não puderam ser contactados. Existem receios que estas detenções sejam apenas o começo de uma campanha de deportação em massa para a Argélia, ou mesmo para o deserto semelhante à que aconteceu em Setembro-Outubro de 2005.
Mais informações
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